Meu qualquer

Num lugar qualquer
De uma noite qualquer
Com um simples qualquer
Que tanto se quer

Possui-lo essa noite
Apenas hoje
Com toda luxúria
Estando ali nua e crua
Fazendo você ir a lua

Esqueço tudo em volta
Vejo seu notável desespero
Implorando uma escolta
Diante meu corpo traiçoeiro

Te arranho
Te machuco
Te mordo
Te curto
Sussurro no ouvido
Um doce absurdo

Corpos errantes
Sem um pingo de estribeira
Loucuras exorbitantes
Que noite faceira

Inesquecíveis aventuras
De quem não tem nada a perder
De quem realmente não ama
Nem se faz entender

O que importa é o nada
É o simples querer
O desejo insano
De um amor cigano
Que não quer se envolver

E você, meu qualquer
Passou ligeiro
O típico homem rasteiro
Desejado por toda mulher

Apenas sinto que nada sinto
Sentir o que se não faz sentido
Quero viver o proibido
Dançar no ritmo da sedução
Não ter de viver novamente 
No abismo da ilusão.