Citação

"Só queria que você soubesse que tudo aquilo que aprendeu comigo não vai ser fácil de encontrar nos livros e em outros corpos sem direção... E não vai achar em nenhum lugar encaixe tão complexo assim! Quando a noite passar e tudo acabar, eu estarei aqui"
Strike

sábado, 16 de maio de 2015

Terapia de Marmanjo NOVIDADES!

Terapia de Marmanjo de cara nova!
Mais ousado, mais divertido, mais interessante e inteligente. Sem dúvidas muito mais gostoso de ler e acompanhar. 
Um blog de personalidade e novas perspectivas! 

Enjoy!



sábado, 9 de maio de 2015

Moralista não, SENSATO!



Opinião, personalidade, decisão...
Essenciais para a definição do caráter.
Mesmo assim, mesmo quando detemos tudo isso: opiniões formadas, decisões certas, personalidade única, e ainda insistimos em fazer o que muitas vezes não queremos, ou queremos mas sabemos que não é prudente.
Esse é o assunto em pauta de hoje!
Influências, muita insistência ou até mesmo pura obrigação, são os motivos mais comuns que nos levam à ações que não condizem com nossos desejos muito menos com quem somos. 
A questão é: PORQUE FAZEMOS ISSO?
Necessidade de aprovação alheia? Autopromoção? Ego ferido? Um orgulho a ser alimentado? Necessidade de atenção? Ou pura carência?
Motivos talvez não faltem para justificar desvios de caráter momentâneos, mas uma coisa deve estar bem clara - não devemos fazer disso um hábito, afinal de que vale viver no erro? Algumas vezes tudo bem, para nos mantermos sempre jovens, mas onde está o equilíbrio e o bom senso? São as nossas atitudes que revelam quem realmente somos, uma vez que apenas Deus conhece nossos corações, e o que os outros conhecem é aquilo que transmitimos ser. Não nos deixemos influenciar por aquilo que não condiz com os nossos valores. Vamos levar a vida leve, positivamente, semeando aquilo que gostaríamos de colher no futuro. 

Esse discurso não é moralista, bem, pelo menos não deveria ser visto dessa maneira. A definição dele se aproxima do que seria o mais sensato, sendo as sugestões neste texto escritas, uma forma mais humana de evitar magoar-se e ao outro. 


Ruth Cecily

Troco meu bolo de casamento por um brigadeiro de panela



Não gosto de glacê e nem de pasta americana. Apesar de ser muito bonito, elaborado e personalizado, sempre peca no sabor. Também não tenho louça de porcelana de luxo para fazer jus à essa perfeição estética. Sem contar o preço que estes engenheiros da confeitaria cobram pra levantar dois andares de isopor e um de bolo de verdade. E, mesmo assim, acaba sendo muita coisa pra duas pessoas. Minha geladeira é de solteiro e não cabem os restos. Ah, e sequer tenho espaço no móvel da sala para colocar os noivinhos, reproduzidos à minha semelhança em cabeções de biscuit. Em compensação, tenho um armário satisfatório de panelas, que suportaria tranquilamente empilhar mais uma. Ela teria um lugar reservado de fácil acesso para eu ter em mãos sempre que fosse receber uma visita credenciada a esquentar meu pé gelado, embaixo de um edredom em dia chuvoso. Desconheço alguém que não se renda a um brigadeiro nesta circunstância. Eu não só me rendo, como troco, sem pensar duas vezes, o meu futuro bolo de casamento por porções vitalícias de leite condensado com Toddy e manteiga. Ainda mando vestido de noiva, decoração da festa e convites de brinde para quem quiser entrar no negócio. Não me entenda mal. Não é que eu abomine casamentos. Só acho que o 'felizes para sempre', que segue o 'pode beijar a noiva', não é uma verdade absoluta. Cansei de ver solidão em casais oficializados pelos votos do matrimônio e união exemplar em outros, julgados por viverem na informalidade social. Mesmo sabendo que existem exceções (e este texto não é para elas), nunca fui adepta a fórmulas. Para mim, valem mais as experiências curtas e intensas, do que a estabilidade duradoura e fria. Essas mesmas, entre duas pessoas, que ficam cada vez mais escassas quando as regras do Manual de Instruções para Casados entram em vigor. Uma tarde de inverno, TV ligada na Sessão da Tarde e uma panela de brigadeiro quente para dois. Simplicidade que agrada ou trivialidade que irrita. Depende de quem interpreta. Desculpem-me os especialistas em bolos de casamento, mas, para esta solteira aqui, vocês jamais conseguirão superar o toque do chocolate queimando a língua de quem não aguentou esperar pra lamber a colher. Não há frutinhas exóticas, recheios com ingredientes selecionados ou uma massa leve como algodão doce que tire o meu prazer de detonar uma panela cheia de brigadeiro. Porque o que faz dele especial é justamente o fato de que poucos e simples itens são o necessário para produzir aquele sabor sensacional, degustável com prazer por todo mundo. Na minha concepção, ele é a incorporação gastronômica de como deve ser o amor. Fundamentado na essência de quem o compõe e não na estética do produto final, ostentável em redes sociais e mesas de almoços familiares. Seja dividido entre namorados, amigos coloridos, enrolados, ou quaisquer outros dentre os infindáveis tipos de relações, ele é a representação da única coisa que mantém os amantes conectados: o sentimento puro e cru. Função que uma aliança dourada e um contrato não têm conseguido desempenhar perfeitamente bem. E daí se ele tem potencial para ser efêmero? Quem se dispõe a degustá-lo tem a garantia de que fará bom proveito até a última colherada. Não importa a quantidade. Além do mais, a graça do brigadeiro está aí. Ele não sobra. Sempre é feito na medida para faltar e provocar reencontros. Mas não reencontros obrigatórios por imposição ou por consciência. Quem volta para mais panelada, volta porque quer. Sem neuras e sem responsabilidades. Volta porque curtiu a essência e não porque precisa da convenção. Simplória, eu? Talvez. Hum... Eu diria também: econômica, prática e um tanto egoísta, mas sonhadora. Afinal, que mulher não faz planos para o tão esperado dia de suas vidas? A diferença é que o meu troca o altar por uma viagem histórica pela Alemanha, bancada com os muitos reais que seriam gastos na recepção dos convidados. Acompanhada ou sozinha, não importa. Seria como uma lua de mel comigo mesma, mas menos doce que mel, e tão afrodisíaco quanto um casual e simples brigadeiro. 


Tetê Magnani