Citação

"Só queria que você soubesse que tudo aquilo que aprendeu comigo não vai ser fácil de encontrar nos livros e em outros corpos sem direção... E não vai achar em nenhum lugar encaixe tão complexo assim! Quando a noite passar e tudo acabar, eu estarei aqui"
Strike

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Secretamente


http://www.prtemistocles.com.br/site/diferenca-entre-ceu-e-inferno/
http://www.prtemistocles.com.br/site/diferenca-entre-ceu-e-inferno/ 

Mesmo sem acreditar fielmente em nada, secretamente eu acho que sempre acreditei no amor. 


Quando eu te conheci, numa conversa despretensiosa, você me disse que era de gêmeos. Meu paraíso astral... foi só um, dos muitos detalhes aos quais eu secretamente me apeguei. Mais tarde tantas semelhanças transvestidas de diferenças, na sua cabeça iriam nos repelir.. como ha de ser, quando é comigo.


Te achei naquele primeiro momento um cara muito diferente. Você não é o padrão que me atrairia normalmente, mas eu só conseguia pensar no quanto você era bonito e o fato de não saber disso, te deixava ainda mais lindo.


Você com leveza e vulnerabilidade me tirou da minha costumeira zona de conforto. Aquele purgatório sentimental onde nada se sente. Você me fez sentir... eu já não sentia nada há muito tempo.


Não foi o fato de você amolecer meu ego com elogios superficiais e baratos como as pessoas rasas fazem pra conquistar. A intensidade no seu olhar e a perspicácia em me descobrir fizeram com que eu me sentisse livre pra ser quem eu era.


E isso foi lindo... Enquanto você esteve disponível pra cumprir esse papel. 


“Quando ficamos bêbados, dizemos o que geralmente não temos coragem de dizer sãos” - você me disse. 


Secretamente, me entreguei pra você. Quando bêbado você ligou pra ouvir minha voz e, camuflado pelo álcool se declarou. Eu ouvi cada palavra sã. E eu te quis demais a partir daquele momento. Porque eu sempre soube que bêbados dizemos o que não temos coragem de dizer sãos..


Foi quando toda a magia terminou pra mim. Comecei a te perder nos detalhes, logo aqueles que eu tanto amava. O que ninguem conta pra gente é que se apaixonar é basicamente um estado de loucura, em que 90% do tempo você está hiperventilando e tendo os batimentos acelerados e os 10% restantes fazem toda sua vida valer a pena. Você me tirou do purgatório... Só que talvez tenha me trazido direto pro inferno, com eventuais e corriqueiras estadas no céu.


Eu vi minha armadura caindo e você chegando cada mais perto do meu coração. Você me tirou da minha órbita, da minha lógica e do meu controle. E eu repeli você, querendo secretamente que você ficasse em meio ao meu caos. Só que você se foi...


Quando bêbada eu afastei você por tanto te gostar. Eu perdi toda a minha leveza. Fui de uma mulher alegre, interessante e dona de si pra personificação do desespero e da tristeza.


Queria que você me olhasse de novo com aqueles olhos que brilham a novidade, vendo cada mais esse brilho se apagar diante de mim...


A química, a intensidade, a paixão e a admiração foram morrendo nesse âmbito inerte do inferno. Nada mais era igual, mas nada tinha mudado. Suas palavras ainda eram bonitas e cheias de promessas. Mas a intensidade e a paixão não estavam mais ali, eu podia perceber, podia sentir.


Vi você me afastar secretamente. Afastei você honestamente. Nos perdemos dentro das nossas próprias ilusões, do que criamos um do outro.


Hoje não consigo nem distinguir o que foi real. Nem sei quem você é e você não sabe quem eu sou... A não ser que tenhamos sido pelo breve momento de céu um encaixe maravilhoso um do outro. Assim que eu te vejo num segundo. Assim eu te perco no outro...


Criamos uma rotina. Abri minha vida pra você, mesmo que a fechasse de tempos em tempos. Eu fiz planos pra nós. Onde é que eu estava com a cabeça? Mas pera, você também fez... E hoje, talvez nem minha falta sinta mais.


Li você com meu coração e essa interpretação não pode ser levada em consideração. Sofri seus traumas, me identifiquei com cada falha sua. Me apaixonei por cada demônio que existiu em você. Só pra ver você me deixando na minha maior fraqueza.


Nada secretamente a ideia do amor morre mais um pouco em mim. Dessa vez ele se foi antes mesmo de ter me alcançado. Eu senti sua presença, eu quase a apalpei... Eu estive por breves instantes no nosso céu.


Por L. O.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Quando não existem “meios termos”

Temos medo da mudança, apesar dela ser extremamente necessária! Mudanças nos tiram da nossa zona de conforto, nos move! E devemos mover, mesmo com medo. O tempo mostrará que nada é tão avassalador assim, e nenhum fardo será maior do que nossas forças. Somos muito mais capazes do que imaginamos! 


Um conselho bastante genérico, não é? Se encaixa em praticamente qualquer âmbito de nossas vidas, mas aqui focarei nos relacionamentos (como de praxe por aqui!). 


Sair da nossa zona de conforto do relacionamento estável e pacífico é um desafio impressionante! Pior cenário que esse é embarcar em novas aventuras, aventuras aparentemente promissoras, que podem render frutos... Será mesmo!?? (Típica perguntinha ordinária).

Sair da posiçao de apaixonante para apaixonado. É assustador! 


Acho que todos já estivemos nessa posição, e nos sentimos perdidos... As intenções do outro é terra que não habitamos, que não conhecemos, e ficamos a deriva... Vulneráveis principalmente às expectativas. 


Há dois caminhos possíveis: 

Ou você se blinda, ou você se entrega. Não consigo pensar em “meios termos”. 


Certamente que não é uma escolha simples, uma vez que o que está em jogo de mais importante é a nossa felicidade e paz de espírito. 


Queremos viver a felicidade em constância, mas nossa mente trabalha no caminho oposto, com o intuito de “nos proteger” dos nossos próprios anseios, uma vez que tudo é tão novo e desconhecido - mesmo que alguma vez já tenha vivido algum estado de paixão, quando ela acontece com outra pessoa, é tudo novo, de novo! 


Decida se você prefere viver o momento intensamente, independente de qualquer outra coisa, ou se prefere pisar no freio, e não saber o que poderia ter acontecido se tivesse ido beber dessa água com “sede ao pote”! 


Vida é tentativa e erro! É se arriscar! E arriscar é viver! 

Podemos sofrer igual dois cachorros, mas podemos ter experiências únicas e ineditas! 


E na pior das hipóteses, amanhã fará dois dias! ✌️


Att.,

Ruth Cecily

sábado, 22 de dezembro de 2018

CATARSE




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Virar a página é um grande desafio. Com ele vem o foco, a disciplina, a determinação e desapego. Não é nada fácil, mas é necessário.

Toda história tem certamente um começo, um meio, o climax (ou vários), e um fim. O desfecho pode ser um feliz pra sempre, ou literalmente um basta, um término, um nunca mais, ou um até breve, com aquele gostinho de que no futuro pode ter mais. Mas a questão é - não se estabelece o fim. O desfecho é inevitável, e as consequências dele já não fazem parte da mesma história. 

Confesso que aqueles que conseguem seguir em frente, assumir o fim e continuar vivendo, e vivendo bem, é o resultado de grande maturidade e clareza de vida. É uma evolução realmente impressionante. Mas porque não somos capazes de alcançar isso? O ser humano de modo geral tende a ser afetado e fragilizado demais. Não é pra menos... As "cacetadas" que a vida dá somente torna tudo mais difícil. 

Se aceita um conselho de quem não tem absolutamente nenhuma "expertise" no assunto, mas que procura sempre melhorar seu estado de espírito - uma vez que a única pessoa plenamente responsável pela nossa felicidade somos nós mesmos - ajude a se ajudar! Mas dedique-se mesmo a isso! Não se sabote. Não ceda ao medo, não ceda a fraqueza, se esforce. E confie no tempo. É clichê, mas ele realmente cura todas as feridas - ou pelo menos nos dá a certeza de que tudo passa.  

O termo "Catarse", de origem filosófica, remete a limpeza ou purificação pessoal. De acordo com o site Significados "provém do grego “kátharsis” e é utilizado para designar o estado de libertação psíquica que o ser humano vivencia quando consegue superar algum trauma como medo, opressão ou outra perturbação psíquica". 

Se encaixa perfeitamente bem também nos nossos relacionamentos com pessoas, coisas, obcessões e vícios. É tão genérico quanto profundo. Mas se existe um termo pra essa superação divina, significa não só que ela existe, como é possível e sim, somos plenamente capazes de alcança-la. 

Seja a melhor pessoa pra você. E segue o baile. 


Ruth Cecily
Fonte de informação: https://www.significados.com.br/catarse/

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

FELIZ É QUEM ENCONTRA SEU TUDO E TODOS


http://img.desmotivaciones.es/201312/carteles-cine-ausencia-amor-desmotivaciones.jpg

Por Tetê Magnani

Uma vez me perguntaram: com a gente é "tudo e todos"? Eu disse que sim, sem pensar muito bem no que aquilo significava. Só hoje fui entender o que é ser "tudo e todos" por alguém. Não estou falando de amor, porque o amor é só uma parte disso. Amar, amo pessoas, meu cachorro, meu apartamento, meu trabalho. Talvez o amor seja o precursor daquilo que possa vir a ser o "tudo e todos" por alguém, mas seu sinônimo, jamais. É muito mais do que nutrir a vontade louca de estar perto, de sentir o cheiro, o gosto da pele, ouvir a voz, conversar, sorrir junto, passar o resto da vida sob o mesmo teto. É mais ser do que sentir. É estar sempre disponível para ser porto seguro, largar o que estiver fazendo para dar colo e socorrer em qualquer situação que seja. É ser o maior incentivador dos projetos pessoais do outro, a mão que falta para construir sonhos que não são seus. É ser sua melhor versão e querer aprimorar o que for necessário porque o outro merece seu melhor. É ser bom conselheiro ou apenas bom ouvinte, dar espaço com confiança ou puxar pro peito e apenas confortar. É ser entregue de corpo e alma, abrindo mão de quaisquer outras pessoas, porque você tem tudo que precisa bem ali. É ser entendedor dos valores, crenças, cultura e tradições do outro e apenas respeitar, sem julgamentos. É ser sensível às feridas do outro ou ao que pode machucá-lo, e blindá-lo quando necessário. É ser mergulhador das profundezas do outro, conhecer o que estiver à mostra e respeitar o tempo do que está oculto, aceitando a hipótese de que aquilo possa nunca vir à tona. É ser cúmplice, mentir para os amigos sobre o motivo do não-comparecimento na pelada ou ajudar a enterrar um corpo. É se doar inteiro para ser a metade que faltava para o outro. É ser alheio a todo o resto, ir contra "tudo e todos" se for preciso, porque o que importa está aí, com quem importa. Você nunca sabe se já foi "tudo e todos" por alguém até encontrar o alguém que te faz sentir isso. Um belo dia você tem um insight e, a partir daí, você apenas sabe. O problema é que não basta só você sentir, tem que ter a tal da reciprocidade para aquilo virar uma puta história de um casal foda que ganha o mundo. Senão, vira só mais uma história de frustração pra contar bebendo vodka em uma mesa de bar, como muitas por aí. Talvez o segredo dos casais felizes seja esse: ter encontrado o seu "tudo e todos" nessa imensidão de "nada e ninguém".

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Auto sabotagem


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São extremamente curiosos os caminhos assumidos pelo coração.
Você programa sua mente para o sucesso e prosperidade – estudar, obter uma carreira promissora, encontrar um homem companheiro igualmente trabalhador, que lhe acompanhe em sua caminhada, cresça junto e compartilhe das mesmas ambições. Assim ele se casa com você e juntos constituirão uma prole saudável e fielmente ajustada aos seus planos. Um casamento estável, uma família linda e totalmente autossustentável que faz jus às propagandas televisivas das empresas de perfumes, agências bancárias e afins... Ou seja, uma vida impecavelmente confortável.
Não seria perfeito?

Aí entra o seu coração, e se apaixona pelo primeiro ordinário que te der uma chave de pescoço e um beijo enlouquecedor que faz seu mundo parar por instantes e sua memória se prender àquele momento por um bom tempo.
É impressionante como isso é comum. Às vezes, estamos inclusive nos relacionando com uma pessoa bacana, que nos valoriza, que claramente gosta da gente e está disposta a nos proporcionar muitas coisas boas, mas não conseguimos nos entregar, ou porque o sentimento não é recíproco na mesma intensidade, ou porque o pensamento está em outra pessoa, ou pelo puro e famoso “fogo no cú”!

Chamo esse fenômeno de “auto sabotagem”. Semelhante àquela de comer um chocolatinho escondido durante uma dieta, ou fingir que concluiu uma série de exercícios na academia, ou varrer a sujerinha do chão para debaixo do tapete fazendo parecer que está tudo limpinho... É tentar enganar a você mesmo! 

"Quando somos nós que contribuímos inconscientemente para que tudo aconteça de errado, dá-se o nome a isto de auto sabotagem ou auto boicote."
http://www.psicorientacao.com/auto-sabotagem 
Vários são os exemplos de auto sabotagem, e afirmo com certeza que gostar mais de quem não gosta tanto assim da gente é um exemplo CLÁSSICO!

Ora, todo mundo espera uma recíproca verdadeira. Todo mundo procura aquilo que mais lhe convém. Todo mundo curte uma liberdade de escolha compatível com os desejos. Todo mundo quer o que quer! Muitos, a qualquer custo, outros desistem pelo cansaço... Enfim, o que quero dizer é que seria muito bom se o mundo fosse moldado a nossa vontade. Inspirado e desenhado de acordo com nossos interesses e gostos, inclusive aqueles peculiares. Nesses termos, o “paraíso” nem seria assim denominado, e não haveria sentido nenhum nessa palavra. Talvez, numa hipotética realidade assim, acredito que buscar a infelicidade seria um novo objetivo de vida para sair de uma rotina perfeita.

O que concluo de toda essa filosofia de “buteco” é que o ser humano infelizmente nunca está satisfeito. Se adquire uma coisa que há muito queria, por exemplo, logo já almeja aquela outra coisa, melhor, diferente da que tem. O famoso ditado “a grama do vizinho é mais verde”. Essa cultura provavelmente nasceu com o capitalismo exacerbado que vivemos hoje. E sim, se tornou “cultura”, pois é um comportamento absolutamente comum da maioria das pessoas.

O que devemos refletir a partir disso é que, mesmo que o assunto deste texto tenha se iniciado pelo tema relacionamento e se transformado em capitalismo, nada mais é que uma lógica comum a ambos: o desejo pelo que não possuímos.

Precisamos aprender a dar valor àquilo que temos, às pessoas que nos querem e nos fazem bem. Dar oportunidade a elas de mostrarem o quanto podem fazer por nós e o que nós podemos fazer por elas. O verdadeiro amor é construído! Tanto aquele avassalador, que nasceu do desejo, quanto àquele que não havia reciprocidade mútua a princípio (redundância proposital!). Precisamos entender que a vida é muito curta pra vivermos levianamente e desperdiçando oportunidades que podem ser únicas. E a magia de “ser” humano é se relacionar e interagir com outros humanos, afinal, ninguém consegue viver sozinho.

Dê oportunidades! Permita-se sentir! Abra o seu coração a novas possibilidades. Esteja inteiro em suas relações. VIVA! NÃO SE PRENDA, a menos que tenha certeza que seja a pessoa certa. Se descobriu que aquela não é, parta pra outra! A vida é uma só, e particularmente considero um desperdício quando ela não é vivida intensamente.


Ruth Cecily

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Quem vê RG, não vê experiência


Idas e vindas de amores, amigos, dinheiro, gostos, fases... À medida que o tempo passa, guardamos cada vez mais memórias na nossa gaveta de lembranças. Afinal, continuar produzindo histórias é o que nos garante que estamos vivos de fato.
E o que fazer com todo este material acumulado? Existem dois tipos de pessoas no mundo: os aprendizes e os colecionadores. E a diferença abismal entre estas duas espécies é justamente a resposta desta pergunta. (Como vivem? Do que se alimentam? Sim. Roubei a pauta do Globo Repórter desta sexta.)
A palavra chave do colecionador é 'quantidade'. Ele é o cara que vai chegar perto de você e dizer "Sou muito experiente! Trabalhei em dez lugares, viajei para todos os países da Europa, comi 100 mulheres e sobrevivi a dois ataques cardíacos." Mas ele não é um acumulador compulsivo. 'Variedade' é a próxima palavra de ordem dele. Afinal, de que adianta ter um álbum completo com figurinhas iguais? O importante é ter uma de cada. Por este motivo, ele é o primeiro na mesa do almoço de Natal a tirar da cartola um caso sobre qualquer assunto que estiver rolando na mesa. Futebol chinês, religiões dos esquimós, sistema político do Iêmen... Não importa! Com certeza ele terá alguma participação histórica para contar.
Inclusive, este é o terceiro termo mais importante do dicionário do colecionador: ostentação. O prazer deste ser vivo é mostrar para o mundo quantas coisas ele já fez na vida e receber o ingênuo título de 'O Experiente'. É assim que ele inicia seu ritual do acasalamento, suas relações sociais no meio do grupo e sua busca pelo posto de alpha. Se tiver outro colecionador na jogada então, o palco está armado. Ganha quem tiver o chifre com mais galhos.
Outro fato importante sobre o colecionador é que ele é uma criatura imutável. Ele não muda de opinião, seus gostos continuam os mesmos, seus hábitos duram até a sua morte.
Já na outra extremidade do globo, vive um grupo oposto a estes seres. Seu mantra é um só: o que vier é lucro. Porque para eles, não há acontecimento que não sirva para tirar uma conclusão que agregue na sua vida. De desgraça a milagre, o que importa é como ele vai sair depois que aquilo passar. O aprendiz é o famoso cara que, quando fala que alguma coisa vai dar merda, realmente vai dar merda. Ele entende mais de relacionamentos do que ninguém, mesmo tendo namorado uma vez. Ele toma chifre, fica chateado, mas enxerga o que pode fazer de diferente no próximo casamento. Ele volta de um acampamento com chuva no fim de semana, lançando um livro sobre como previnir incidentes com goteiras na barraca. Ele perde o pai que ele não via há anos, se arrepende pela ausência, e passa a visitar a mãe toda semana. Ele é o cara que não permite o segundo ataque cardíaco.
Um aprendiz está em constante mudança porque ele está aberto a isso. Para ele, qualquer verdade está sujeita a ser refutada no dia a dia. Seu objetivo principal com cada reflexão pós-ocorrido é ficar mais esperto ao ponto de não cair nas mesmas ciladas e, consequentemente, evitar sofrimentos futuros.

No final das contas, quem leva vantagem? O conceito de experiência, assim como muitos outros, foi superficializado. Afinal, de que valem tantos momentos se eles não te ensinam nada? É como ser estudante, copiar a matéria do quadro e nunca mais abrir o caderno. Você tem o registro, mas não aprendeu nada com ele, porque não tirou suas próprias conclusões. Acho que isto justifica o fato de, vira e mexe, encontrarmos velho com cabeça de jovem e jovem com cabeça de velho. Enquanto o primeiro é um museu repleto de memórias, o segundo é um texto reflexivo de uma ideia, como este.

Quem ser? Eis a questão

"5 exercícios mentais para deixar o bumbum durinho". "O segredo natural para fazer as estrias serem expelidas pelo xixi". "Alga das cavernas profundas do Rio Nilo colhida em lua minguante de ano bissexto para acabar com as rugas". "Emagreça até 20kg com a dieta usada por Maria no pós-parto de Jesus".
Iiih, já passei da idade de acreditar que revistas têm alguma credibilidade! Prefiro seguir os conselhos da Mônica aos que estampam as tantas manchetes das bancas. Na verdade, quem me conhece bem sabe que não sou fã de conselhos e, por mais que às vezes até peça uma opinião, no fim das contas vou fazer o que já estava pensando mesmo.
Não é que eu seja egocêntrica ou individualista. Eu só tenho a plena convicção de que ninguém sabe melhor de mim do que eu mesma. Nem pai, nem mãe, nem parceiro, nem amigo e muito menos um bando de editoras que pautam sua ideia de beleza em um protótipo de mulher supostamente desejável de forma enlouquecida pelos homens. Aliás, eu sempre achei uma contradição tremenda que uma revista feminina concentre tantos esforços no sexo oposto.
"Como conquistar o homem dos sonhos?" Pedindo pra ele descer das nuvens e conversando com ele de igual pra igual, talvez? Não! "Evite comer massas antes do encontro para a barriga não ficar estufada. Dedique sua tarde à academia, por via das dúvidas. Depois vá para casa, esfolie a pele para ficar bem macia, escolha sua melhor roupa, capriche na maquiagem, escove o cabelo, esteja pronta no horário, elogie tudo que ele fizer, sorria independente de qualquer coisa, banque a boazinha e, no final, transe dependurada no lustre do quarto de motel." Fala sério! Ser vaca de leilão dá menos trabalho pra ser escolhida.
A questão que sempre me vem à cabeça é que nunca me perguntaram como EU me sinto em relação a mim mesma. E se eu quiser sair pro encontro com o fulano usando meu jeans batido, rosto lavado e meu cabelo de todo dia? E se o cara for um completo imbecil e eu falar isso pra ele? E se a comida do restaurante para onde ele me levou estiver horrível e eu sugerir de a gente comer um dogão na esquina? Não posso porque vou estar assassinando a Barbie e seus sonhos de dominar o mundo com seu estilo plástico e osso?
Um cara que me dispensasse por eu não seguir este modelo de mulher perfeita estaria me fazendo um elogio. Ser perfeita deve ser muito chato e eu odeio imaginar a hipótese de que possa estar matando alguém de tédio. Na verdade, dá até pra usar isso como teste de masculinidade. Afinal, homem com selo do Inmetro não assusta com estria, não broxa com celulite e não repara em culote. Homem certificado gosta de mulher e ponto.
Antes de terminar o texto, só queria deixar um conselho, afinal, não sou boa de seguir, mas sou boa de dar (sem duplas interpretações). Se algum dia você tiver que escolher entre ser uma mulher Barbie ou Mônica, lembre-se que, embora baixinha, dentuça e gordinha, a Mônica nunca precisará dividir suas roupas com o Cebolinha.
Tetê Magnani

domingo, 5 de junho de 2016

Sexo depois do casamento é um prato que se come...





Ao gosto do cliente. Gelado, frio, morno, quente, pelando, depende ao que você está disposto. Convenhamos, quem nunca se assustou com a ideia de se relacionar apenas com a mesma pessoa pelo resto da vida? O mesmo beijo, o mesmo cheiro, o toque com a mesma textura, o corpo com os mesmos detalhes. Sempre me perguntei o que faria quando cansasse disso tudo. Trair? Propor um relacionamento aberto? Terminar? Mas, o irônico é que nunca me questionei o porquê de este temido desfecho ser o único destino dos casais que optam pela vida juntos. A resposta veio como um insight, após empirismos não muito bem sucedidos: a sociedade do descarte afetou os lençóis! O que isto quer dizer na prática? Que você, meu amigo, pode ser trocado por qualquer outro cara que ofereça algo diferente do que você já oferece. Não interessa se é menor, maior, com um diâmetro mais ou menos favorecido matematicamente. Interessa que produza sensações ainda não experimentadas, mesmo correndo o risco de o resultado final, na balança, não ser tão bom quanto era com você. Mas por que se preocupar, né? Homem e mulher é o que não falta no mundo. Neste sistema de troca, um dia a gente acaba achando alguém com o encaixe perfeito. E se cansar? A gente descarta e o ciclo se repete. Não sei você, mas eu sou do tipo que não admite tempo perdido com sexo ruim. Chega a me causar mau humor. Infelizmente, nesta vida louca de trocar parceiros, qualquer pessoa está suscetível a jogar o momento sagrado de uma transa fora. Anote o que eu digo: sexo depende de todos os envolvidos, e achar a combinação capaz de te fazer pirar não é tarefa NADA FÁCIL. Portanto, se você achou, ao ponto de promover esta pessoa a protagonista da sua vida sexual, assine a carteira dela para trabalho vitalício. E depois, esteja disposto a ousar. 

Deixe a sua criatividade assumir o nível master e inove os cenários e os roteiros. O segredo do sexo pós casamento não é trocar o personagem principal, é dar outra história pra ele. Rambo vai ser sempre Rambo, o que vai mudar é o enredo de cada sequência de seus filmes. O que importa é abandonar a sociedade do descarte e entender que um pneu em um carro é só um pneu, mas, pendurado em um árvore por uma corda, passa a ser um balanço. Versatilidade é palavra de ordem quando o assunto é sexo. Sabe aqueles pensamentos que passam na sua cabeça, e que poderiam facilmente inspirar roteiros de filmes pornô? Pois é. Luz, câmera...

Tetê Magnani

domingo, 22 de maio de 2016

Vale a pena desistir do amor?



Vale a pena desistir do amor?


Depois de tantas cacetadas... Tantas desilusões... Será que ainda devemos nos permitir a ter esperanças de um amor verdadeiro?

Nos dias atuais, não sei se isso é algo bom ou ruim, mas o conceito de amor verdadeiro evoluiu para conceitos mais práticos - a relação de companheirismo, cumplicidade, estabilidade, parceria e convívio. Parece que aquela paixão avassaladora não é mais o grande foco dos relacionamentos, tornando tudo mais racional, pé no chão, maduro...

Mas convenhamos, quem não sente falta dos arrepios e corações disparados ao ver aquela pessoa especial? Quem não gostaria de ter um amor avassalador, que vive numa linha tênue entre a paixão ardente e o "de conchinha no sofá"?

Seria ideal se os relacionamentos fossem assim - a mistura perfeita do fogo e das águas calmas, da euforia e do momento de concentração. Hoje já está difícil encontrar um amor por si só, imagina o amor perfeito?! 

Mas sou da concepção de que não estamos sozinhos. Nunca! Precisamos nos permitir para encontrarmos novas pessoas, novas possibilidades, novos amores... Mesmo que pareça que não existe mais saída, que não tem mais ninguém, aahhh... sempre tem! Basta abstrair um pouco, tentar olhar em outro ângulo, de outra forma... As vezes o que falta no momento é uma música bem alta para abafar nossas aflições... É aquele bando de amigas inconsequentes te arrastando pra uma balada de "carão", te obrigando a montar num salto 15 e provar a si mesma o tanto que é linda e poderosa... Ou é simplesmente sentar a bunda no sofá com uma puta panela de brigadeiro suculenta e detoná-la antes do filme começar, só pra provar que você pode fazer o que bem entender a hora que der vontade! 

Se permitir é se libertar das amarras do passado, é estar num veículo em alta velocidade, colocar sua cabeça pra fora da janela, abrir a boca e deixar que todo aquele ar entre e balance suas bochechas! Mesmo que por um momento... Se permitir é ter a certeza de que você está no comando, e são suas escolhas que darão rumo a sua vida! 

Enfim... 

Eu desejo a vocês, caros leitores, muitos amores, muitos ardores, muitos encontros e desencontros, muitas emoções boas, e sempre a vibe positiva, pois são os momentos que nos movem, é a esperança que nos ajuda a manter-nos de pé e a procura de novos caminhos... 

Então eu lhe digo com propriedade - NÃO VALE A PENA DESISTIR DO AMOR! Porque desistir do amor significa desistir de você mesmo, pois nos amamos primeiro para poder amar os outros. Quem não quer mais amar, certamente está pronto para morrer! 

Alimentemos nossa fé e confiemos nas pessoas. Merecemos o melhor, e esse melhor apenas cada um de nós podemos nos proporcionar... Deixe entrar... Se ame para amar! VIVA!!! *-*

Ruth Cecily

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Mais um ano...




Mais um ano que termina dando boas vindas a um ano novo carregado de expectativas e promessas de dias melhores. Uma data um tanto quanto piegas, o que já é de praxe, então nada mais sensato que um texto inspirador, para que possamos refletir sobre renovação em todos os sentidos! Acredito que nossa missão vitalícia deveria ser sempre tentar a cada dia nos tornar pessoas melhores. 

Finalize seu ano como eu, lendo esse poema SENSACIONAL de Willian Shakespeare, que me tocou profundamente e realmente me fez refletir sobre alguns conceitos perdidos e o quanto a palavra tem poder sobre nós. Não discordo de nada desse texto, pelo contrário, pregarei de agora em diante e aplicarei a minha vida. Impressionante o tanto que é compatível com nossa atual realidade. Ao me perplexar com esse fato, uma amiga me esclareceu - que o ilustre autor nada mais fala que da essência humana, uma verdade que transcende e se perpetuará enquanto existirmos como seres humanos. 

" Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começa aprender que beijos não são contratos, tampouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a pedoá-la.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Aprende que não importa até o ponto onde já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo – mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.
Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.
Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências de seus atos. Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma – ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores.
E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e que você tem valor diante da vida."
UM 2016 DE SAÚDE, PAZ E PROSPERIDADE.

Ruth Cecily