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São
extremamente curiosos os caminhos assumidos pelo coração.
Você
programa sua mente para o sucesso e
prosperidade – estudar, obter uma carreira promissora, encontrar um homem
companheiro igualmente trabalhador, que lhe acompanhe em sua caminhada, cresça
junto e compartilhe das mesmas ambições. Assim ele se casa com você e juntos
constituirão uma prole saudável e fielmente ajustada aos seus planos. Um
casamento estável, uma família linda e totalmente autossustentável que faz jus
às propagandas televisivas das empresas de perfumes, agências bancárias e
afins... Ou seja, uma vida impecavelmente confortável.
Não
seria perfeito?
Aí
entra o seu coração, e se apaixona pelo primeiro ordinário que te der uma chave
de pescoço e um beijo enlouquecedor que faz seu mundo parar por instantes e sua
memória se prender àquele momento por um bom tempo.
É impressionante
como isso é comum. Às vezes, estamos inclusive nos relacionando com uma pessoa
bacana, que nos valoriza, que claramente gosta da gente e está disposta a nos proporcionar
muitas coisas boas, mas não conseguimos nos entregar, ou porque o sentimento
não é recíproco na mesma intensidade, ou porque o pensamento está em outra pessoa,
ou pelo puro e famoso “fogo no cú”!
Chamo
esse fenômeno de “auto sabotagem”. Semelhante àquela de comer um chocolatinho
escondido durante uma dieta, ou fingir que concluiu uma série de exercícios na
academia, ou varrer a sujerinha do chão para debaixo do tapete fazendo parecer
que está tudo limpinho... É tentar enganar a você mesmo!
"Quando somos nós que contribuímos inconscientemente para que tudo aconteça de errado, dá-se o nome a isto de auto sabotagem ou auto boicote."
http://www.psicorientacao.com/auto-sabotagem
Vários são os exemplos de auto sabotagem, e afirmo
com certeza que gostar mais de quem não gosta tanto assim da gente é um exemplo
CLÁSSICO!
Ora,
todo mundo espera uma recíproca verdadeira. Todo mundo procura aquilo que mais
lhe convém. Todo mundo curte uma liberdade de escolha compatível com os desejos.
Todo mundo quer o que quer! Muitos, a qualquer custo, outros desistem pelo cansaço...
Enfim, o que quero dizer é que seria muito bom se o mundo fosse moldado a nossa
vontade. Inspirado e desenhado de acordo com nossos interesses e gostos,
inclusive aqueles peculiares. Nesses termos, o “paraíso” nem seria assim
denominado, e não haveria sentido nenhum nessa palavra. Talvez, numa hipotética
realidade assim, acredito que buscar a infelicidade seria um novo objetivo de
vida para sair de uma rotina perfeita.
O
que concluo de toda essa filosofia de “buteco” é que o ser humano infelizmente
nunca está satisfeito. Se adquire uma coisa que há muito queria, por exemplo,
logo já almeja aquela outra coisa, melhor, diferente da que tem. O famoso
ditado “a grama do vizinho é mais verde”. Essa cultura provavelmente nasceu com
o capitalismo exacerbado que vivemos hoje. E sim, se tornou “cultura”, pois é
um comportamento absolutamente comum da maioria das pessoas.
O
que devemos refletir a partir disso é que, mesmo que o assunto deste texto tenha
se iniciado pelo tema relacionamento e se transformado em capitalismo, nada
mais é que uma lógica comum a ambos: o desejo pelo que não possuímos.
Precisamos
aprender a dar valor àquilo que temos, às pessoas que nos querem e nos fazem
bem. Dar oportunidade a elas de mostrarem o quanto podem fazer por nós e o que
nós podemos fazer por elas. O verdadeiro amor é construído! Tanto aquele
avassalador, que nasceu do desejo, quanto àquele que não havia reciprocidade mútua
a princípio (redundância proposital!). Precisamos entender que a vida é muito
curta pra vivermos levianamente e desperdiçando oportunidades que podem ser
únicas. E a magia de “ser” humano é se relacionar e interagir com outros
humanos, afinal, ninguém consegue viver sozinho.
Dê
oportunidades! Permita-se sentir! Abra o seu coração a novas possibilidades. Esteja
inteiro em suas relações. VIVA! NÃO SE PRENDA, a menos que tenha certeza que
seja a pessoa certa. Se descobriu que aquela não é, parta pra outra! A vida é
uma só, e particularmente considero um desperdício quando ela não é vivida
intensamente.
Ruth
Cecily